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Casal de Juazeiro do Norte é acusado de aplicar golpes em mais de 40 pessoas em diversos estados do Brasil

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Um casal de Juazeiro do Norte, identificado como Michelly Silva de Lima e Antônio Rafael, proprietário da fábrica de calçados “Charme no Pé“, estão sendo acusados de aplicar golpes em mais de 40 pessoas. A fábrica, que funcionava na Rua Santa Inês, esquina com a Travessa Santa Inês, no bairro Pio XII, deixou mais de 40 vítimas em diversos estados do Brasil. Segundo relatos das vítimas, os golpes começaram em 2024 e totalizam prejuízos significativos. A Polícia Civil está investigando o caso, enquanto o casal encontra-se foragido.

O golpe

No início, o funcionamento da fábrica parecia confiável. Michelly e Antônio Rafael cumpriam com os prazos de entrega e mantinham uma relação de confiança com seus clientes. Contudo, no ano passado, começaram a surgir atrasos e falhas nas entregas. O esquema consistia em exigir o pagamento integral antecipado via Pix, com promessas de entrega em poucos dias. Porém, os produtos nunca eram enviados, e o casal deixou de responder às mensagens e desativou as redes sociais.

Vítimas de estados como Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Pará e Amazonas entre outros estados relataram ter perdido valores que variam entre R$ 400 e R$ 850.

Depoimentos das Vítimas

Luciana, do Tocantins, foi uma das vítimas. Ela relatou que, no início, teve dificuldade em acreditar que Michelly estava aplicando um golpe.

Outra vítima

Uma das primeiras vítimas, Maria Luzany de Oliveira, conhecida como Any, da cidade de Araguari/MG, revelou detalhes sobre como foi enganada: “Eu confiava na Michelly, pois sempre comprei dela. Era tudo certinho até o momento em que o marido dela, Antônio, conhecido como Rafael, começou a se envolver nas vendas. Ele alegou que Michelly estava doente, com depressão e vício em jogos de azar. Decidi dar mais uma chance e comprei mercadorias no valor de R$ 850,00. Porém, a mercadoria nunca chegou, e eles desapareceram. Foi então que descobri várias outras pessoas lesadas.”

Samira Rodrigues Silva, da cidade de Itaituba/PA, contou sua experiência: 
“Sempre comprei da Michelly, mas comecei a notar problemas quando as mercadorias vinham incompletas. Depois, ela alegou que estava doente e que o marido estava assumindo o negócio. Acabei confiando, mas fui enganada e perdi R$ 461,00.”

Luzia Lopes dos Santos, da cidade de Manaus no Amazonas, também foi prejudicada. Ela registrou um boletim de ocorrência, declarando: 
“Realizei a compra de sandálias e efetuei o pagamento integral. Depois disso, a Michelly desapareceu, não respondeu minhas mensagens nem atendeu ligações. Meu prejuízo foi de R$ 828,00.” 

Tentativas de acordo frustradas

As vítimas organizaram um grupo no WhatsApp e começaram a compartilhar suas histórias. No início, Antônio, conhecido como “Rafael”, prometeu resolver a situação e chegou a devolver valores para algumas clientes. No entanto, logo após, desapareceu novamente. Ele propôs diversas formas de pagamento, incluindo parcelas semanais de R$ 50 ou R$ 500, mas não cumpriu os acordos.

Yara Figueiredo, de Abaíra (BA), relatou que aceitou um acordo para receber R$ 50 por dia até quitar a dívida de R$ 520. “Recebi apenas um pagamento. Depois, ela desapareceu novamente, deixando o saldo pendente de R$ 470”, desabafou.

Investigação e denúncias

Até o momento, a Polícia Civil de Juazeiro do Norte investiga o caso. Diversas vítimas registraram boletins de ocorrência em seus estados de origem, mas o casal está foragido e não responde às tentativas de contato.

A fábrica Charme no Pé, está fechada e o casal não estão mais em Juazeiro do Norte. Vítimas de estados como Minas Gerais, Pará e Bahia entre outros continuam aguardando respostas.

Especialistas recomendam cautela ao realizar compras à distância, especialmente em situações que envolvam pagamento integral antecipado. Investigar a reputação da empresa e desconfiar de mudanças repentinas no atendimento podem evitar prejuízos.

A população é orientada a não realizar transações com a empresa e a denunciar qualquer informação sobre o paradeiro de Michelly Silva de Lima e Antônio Rafael.

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