O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte deflagrou, em assembleia na manhã desta terça (3) no auditório do Cerest, greve em todos os setores do serviço público municipal, com exceção apenas do magistério e dos agentes de trânsito e transporte.
Ainda não há data ou horário especifico para o início da paralisação, mas é provável que se inicie a partir da próxima semana, como explica Marcelo Alves, presidente do Sindicato.
“Em relação ao reajuste salarial de 2020, o sindicato tem colocado desde janeiro a necessidade do governo sentar para tratar o tema”, diz Marcelo, completando que “infelizmente o governo usou de outra tática e não valorizou o diálogo, encaminhando um Projeto de Lei limitado única e exclusivamente à inflação”.
O Projeto de Lei repercutiu negativamente nas várias categorias, e no ultimo dia 20 de fevereiro o sindicato definiu estado de greve, como forma alerta. Já a data de hoje foi aprovada como assembleia para definição final da greve.
“O sindicato prontamente comunicou ao governo o estado de greve”, afirma Marcelo, que completa explicando que o governo agendou a primeira reunião com a categoria apenas para ontem (2), mas que não apresentou proposta de reajuste salarial ou pauta específica para as categorias.
A assembleia contou com quase 400 servidores. Esta é a oitava greve seguida dos servidores públicos municipais nos últimos anos.
O presidente do Sindicato afirma que a categoria aprovou uma contraproposta para negociar com o governo, e manteve a mesma disposição para continuar a reestruturação dos servidores que ganhem até R$ 1200, que contabilizam quase mil e quatrocentos trabalhadores. Já para os que ganham mais que isso, a proposta é de reajuste igual ou superior a 5,5%.
“O sindicato pode rejeitar toda e qualquer proposta que seja inferior a 5,5%”, afirma Marcelo.
Sobre o impacto nas contas públicas, o Sindicato afirma que o reajuste proposto altera apenas em 0,6% o orçamento do Governo Municipal.
Por: Badalo