No último fim semana um pescador do distrito de Riacho Verde, em Várzea Alegre, foi surpreendido com peixes com vermes nos olhos, em um açude próximo ao sítio Tanga.
O caso foi relatado à reportagem por um morador, que disse nunca ter presenciado algo antes, na região. Ao todo são cinco peixes da espécie traíra, gênero mais popular do país, presente em quase todos os açudes, lagos, lagoas e rios.
Os peixes foram descartados pelos moradores e o caso chamou a atenção na localidade em tempos da Doença de Haff, também conhecida como “Doença da Urina Preta”, síndrome ainda sem causa definida, caracterizada por uma condição clínica que desencadeia o quadro de rabdomiólise com início súbito de rigidez e dores musculares e urina escura.
No entanto, de acordo com o Ministério da Saúde, a Doença de Haff pode ser encontrada em peixes como o tambaqui, o badejo, a arabaiana ou em crustáceos, como a lagosta, o lagostim e o camarão.
Em contato com a Vigilância Sanitária do município, a verme do peixe é comum, e não tem relação com a síndrome de Haff. O membro da vigilância, Gean Sousa disse que a vigilância está atenta quanto a doença da urina preta que por enquanto, não há nenhuma notificação ou suspeita de casos no município.
“É importante tranquilizar a população quanto a segurança no consumo do pescado, uma vez que a Síndrome de Haff ou doença da “Urina Preta” não está associada às larvas e sim a uma toxina que se desenvolve no peixe pelo principalmente mau acondicionamento”, disse.
Gean completou dizendo que essa toxina é termo estática e diferentemente da larva não se dissipa ao ser colocado em altas temperaturas. Até setembro, o estado do Ceará teve nove casos suspeitos da doença de Haff, mas nenhum no Região do Cariri.
Caso semelhante
Em outubro um caso semelhante chamou a atenção no município de Brejo Santo e a Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri), por meio do gerente de inspeção e fiscalização da Pesca e Aquicultura, Antônio Albuquerque, disse à Rádio CBN Cariri que a larva não faz mal ao ser humano, mas é recomendado que o pescador guarde o pescado em um recipiente com gelo e contate a Adagri para realização da coleta e análise do material. No Cariri, a Agência tem sede nos municípios de Brejo Santo, Campos Sales, Crato, Mauriti e Nova Olinda.
Por; varzeaalegreagora
