
Nesta quarta-feira dia 8 de maio, o Hospital Regional do Cariri (HRC), em Juazeiro do Norte, estará realizando um evento para marcar o início do mês de conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), conhecido como Maio Roxo. O objetivo é sensibilizar tanto a população quanto os profissionais da saúde sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado dessas condições.
As DIIs são condições crônicas que afetam principalmente o intestino grosso, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. A Dra. Marcya Moanna, gastroenterologista e hospitalista no HRC, explica que a etiologia dessas doenças é considerada autoimune, sendo influenciada por fatores como predisposição genética, microbiota intestinal, dieta e estresse.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), há uma maior incidência dessas doenças em indivíduos com idades entre 15 e 40 anos, com um aumento recente nos casos no Brasil, sendo a Doença de Crohn e a retocolite ulcerativa as DIIs mais comuns. Os sintomas incluem dor abdominal, diarreia, sangramento nas fezes, perda de peso, mal-estar, indisposição e anemia.
Para disseminar informações cruciais sobre as DIIs, o HRC está organizando um evento no dia 8 de maio, dividido em duas sessões. Pela manhã, das 10h às 11h10, serão oferecidas orientações aos acompanhantes dos pacientes, abordando temas como a natureza das DIIs, importância do diagnóstico precoce e orientações sobre dieta como forma de prevenção e tratamento.
Durante a tarde, a partir das 16h, o evento será direcionado aos profissionais da saúde, incluindo estagiários, internos e residentes do HRC. Será apresentado um estudo de caso clínico, além de orientações específicas sobre encaminhamento precoce das DIIs para serviços especializados, critérios para intervenção cirúrgica e cuidados associados à ostomia.
A Dra. Marcya Moanna enfatiza a urgência dessa iniciativa, mencionando casos de pacientes jovens com quadros graves, ressaltando a importância do diagnóstico precoce, uma vez que mais de 40% dos casos são diagnosticados apenas um ano após o início dos sintomas.