
O Açude Orós, o segundo maior reservatório de água do Ceará, voltou a sangrar neste sábado (26), após 14 anos sem atingir a capacidade máxima. O transbordamento é comemorado por moradores da região do Jaguaribe e reforça a segurança hídrica em todo o estado.
Construído em 1961, o Orós tem capacidade para armazenar cerca de 2 bilhões de metros cúbicos de água. O reservatório é fundamental para o abastecimento de aproximadamente 70 mil pessoas e para a manutenção dos sistemas hídricos Orós–Feiticeiro, Orós–Lima Campos e Orós–Jaguaribe, que garantem água para consumo humano, irrigação e atividades econômicas em vários municípios cearenses.
De acordo com Tércio Tavares, diretor de Operações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o trabalho de monitoramento é contínuo. “A Cogerh realiza a operação do reservatório e acompanha a qualidade e quantidade da água não só no Alto Jaguaribe, mas em todo o Ceará”, destacou.
O bom volume de água é consequência dos sucessivos anos de boas chuvas nas bacias hidrográficas do Alto Jaguaribe e do Salgado. Só em 2025, 11 açudes localizados nessas duas regiões chegaram à sangria — sendo sete no Alto Jaguaribe e quatro no Salgado.
O Açude Orós recebe as águas dos rios e riachos da bacia do Alto Jaguaribe, consolidando seu papel estratégico no enfrentamento da seca e no fortalecimento das atividades agrícolas e urbanas.