
A autônoma Camila Andrade, agredida por um motorista de aplicativo durante uma discussão motivada pela cobrança de uma taxa extra feita pelo condutor, afirmou que o homem tentou enforcá-la, além de dar socos no rosto dela. O caso aconteceu na noite do último domingo (29), em Juazeiro do Norte, e foi flagrado por uma câmera de segurança.
“Já dentro do carro ele começou a me enforcar. Ele usava uma das mãos para me enforcar e com a outra ele dava vários socos. Eu estava com um top, ele torceu e fiquei nua aqui na parte de cima”, relembra Camila.
Segundo a passageira, o motorista ainda a ameaçou e tentou mudar a versão dos fatos com a chegada de pessoas ao local.
“Depois que comecei a gritar e algumas pessoas chegaram ele tentou colocar a culpa em mim, dizendo que eu que o tinha agredido, além de ter me ameaçado dizendo que eu iria pagar por isso”, disse a autônoma Camila Andrade”, que compartilhou na rede social imagens das marcas da agressão.
O motorista, que não quis se identificar, negou as agressões e afirmou que cobrou um valor a mais porque a corrida era de curta distância.
“Eu dei um tapa no celular dela e o aparelho caiu e peguei o celular para ela não me filmar. Ela começou a fazer escândalo, batendo no portão da casa dela. A maioria dos motoristas que trabalham por aplicativo sabe que as corridas são sem futuro (sic) e por isso eu pedi a mais sim”, explicou.
Nesta segunda-feira (30), o condutor que agrediu a passageira foi banido da plataforma local do município de Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, conforme Jonathan Souza, representante dos motoristas de aplicativo do Cariri.
Jonathan reprovou a atitude do condutor e esclareceu que o homem só foi banido das plataformas que atuam na região, o que o mantém habilitado a fazer corridas pelas plataformas nacionais.
“Não é uma postura padrão da associação o que levou o mesmo a ser banido das plataformas locais, mas com relação às nacionais, elas precisam se posicionar imediatamente sobre o caso”, complementou.
O g1 entrou em contato com a 99 Pop, empresa pela qual a vítima solicitou a corrida, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), as primeiras informações colhidas pela equipe que atendeu a ocorrência no local da confusão apontam que as agressões iniciaram após uma divergência sobre o valor cobrado na corrida.
Segundo a SSPDS, a Polícia Militar do Ceará (PMCE) foi acionada ao local. A passageira e o condutor compareceram espontaneamente à Delegacia Regional de Juazeiro do Norte, onde foram ouvidos pela Polícia Civil.
Ainda de acordo com a Secretaria, a polícia expediu guias para exames de corpo de delito na Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e um inquérito policial foi aberto.
Fonte: G1CE